O Instituto Nacional de Estatística espanhol divulgou hoje que a economia espanhola contraiu 1,37% do PIB no ano passado, com a situação económica a agravar-se no último trimestre.
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Nos últimos três meses do ano a economia recuou 0,7% do PIB, ou mais do dobro do que a queda registada no trimestre anterior, que foi de 0,3 por cento.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística espanhol, a contração deve-se especialmente à queda na procura nacional, que só foi parcialmente compensada pela melhoria do mercado exterior.
Os dados avançados hoje, e que serão confirmados no próximo dia 28 de fevereiro, são mais pessimistas do que a estimativa avançada na semana passada pelo Banco de Espanha (BE), que previa que a economia tivesse recuado 0,6% no último trimestre e 1,3% em todo o 2012.
Ainda assim os valores vão de encontro às previsões do Governo, que inicialmente antecipou um recuo de 1,5%, mas posteriormente corrigiu as previsões para uma queda de entre 1,3 e 1,4 por cento.
Tanto o INE com o BE atribuem, fundamentalmente, a queda da economia à contração da procura interna, tanto a nível de consumo como de investimento.
O recuo nos gastos públicos, o aumento do IVA a partir de setembro, a retirada do subsídio de natal aos funcionários públicos e a desconfiança geral das famílias e empresas contribuíram para a agudização da situação económica.
Como aconteceu ao longo do ano, a reta final de 2012 ficou marcada por dados positivos na balança externa, com as exportações a aumentarem e as importações a recuarem devido ao menor consumo interno.