A WikiLeaks revelou que o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional dos EUA solicitou pedidos de asilo em 21 países.Polónia, Finlândia e Noruega já recusaram o pedido.
Corpo do artigo
Dos 21 paises, 13 são europeus. A Islândia recebeu o pedido logo nas primeiras horas da estada em Moscovo. Seguiu-se a Rússia, que respondeu com o presidente Putin a dizer que o melhor é Edward Snowden deixar de divulgar os resultados da espionagem em que participou.
Entretanto, esta manhã, após as palavras de Putin, Snowden retirou o pedido de asilo à Rússia.
Ontem, de acordo com a organização Wikileaks, seguiram faxs com mais 11 pedidos. França e Alemanha, mas também Espanha, Suiça, Austria, Itália, Irlanda, Holanda, Polónia, Finlândia e Noruega.
Países como a Finlândia e a Polónia já vieram dizer que não vão conceder asilo político a Snowden, mas por razões diferentes. Varsóvia diz que recebeu o pedido de asilo, mas já informou que a resposta vai ser negativa.
«Recebi uma carta que não corresponde aos critérios formais de um pedido de refúgio, mas mesmo que correspondesse, eu daria uma opinião negativa», escreveu no Twitter Radoslav Sikorsky, ministro polaco dos negócios estrangeiros.
Helsínquia anunciou que o ex-agente da CIA não pode pedir asilo político na Finlândia, pois não se encontra no seu território. Também a Noruega anunciou que vai recusar um pedido de asilo de Snowden, por este ter sido apresentado num outro país.
Depois da Europa, a lista continental mais extensa, é a sul americana. O Equador foi o primeiro destino desejado por Edward Snowden.
Mas idênticos pedidos de asilo político foram enviados pela Wikileaks em nome do antigo consultor informático da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), para o Brasil, Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia. Snowden pede ainda residência e asilo à Índia e à China.
Esta manhã, o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, declarou que Snowden «não pediu asilo político na Venezuela».
Os pedidos foram feitos em nome de Edward Snowden por Sarah Harrison, uma funcionária britânica do WikiLeaks, que acompanhou Snowden no dia 23 de junho na sua viagem de Hong Kong para Moscovo.
«Os pedidos foram submetidos a um responsável do consulado russo do aeroporto de Moscovo no final da noite» de segunda-feira, indica um comunicado divulgado no sítio de Internet da WikiLeaks.
«Os documentos destacam os riscos de perseguição Snowden enfrenta pelos Estados Unidos tendo o consulado russo iniciado a distribuição da pelas embaixadas competentes em Moscovo», adianta o documento.
Edward Snowden, que é acusado pelos Estados Unidos de espionagem, acusou na segunda-feira o Presidente Barack Obama de «pressionar os líderes» dos países onde tem procurado refúgio, na sua primeira intervenção pública desde que fugiu para Hong Kong.
Em particular, o ex-analista da NSA acusou o Presidente norte-americano de ter dado a ordem ao vice-presidente Joe Biden de exercer pressão sobre os dirigentes dos países onde tem pedido asilo político, nomeadamente no Equador, para obter a sua extradição.
Paralelamente ao comunicado pelo WikiLeaks, foi difundida uma carta dirigida por Snowden ao Presidente do Equador, Rafael Correa, agradecendo o seu apoio e recusa de extradição.
Rafael Correa confirmou numa entrevista, na segunda-feira, que Joe Biden lhe tinha pedido para rejeitar o pedido de asilo político de Snowden, durante o fim de semana.
Notícia atualizada às 9h41