Os apoiantes do presidente egípcio deposto atacaram esquadras em duas províncias do Egito, provocando a morte de pelo menos dois polícias. Foram ainda incendiadas sedes governamentais.
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Um polícia de 21 anos foi mortalmente atingido a tiro no peito na cidade de Al-Arish, e outro morreu na sequência de um ataque a uma esquadra na cidade de Assiut.
Em Gizé, cidade a cerca de 20 quilómetros da capital Cairo, e a terceira maior do Egito, os manifestantes islamitas invadiram a sede do governador civil e incendiaram-na, de acordo com relatos da televisão estatal egípcia.
Outro canal de televisão do país, a estação privada CBC, mostrou imagens da sede do governador em chamas e de homens a tentarem controlar o fogo.
Em Alexandria, cidade costeira do noroeste do Egito, centenas de apoiantes de Morsi cortaram uma estrada, enquanto entoavam cânticos de apoio ao presidente deposto.
Na província de Beni-Sueif, manifestantes pró-Morsi saíram às ruas para denunciar a repressão policial na quarta-feira.
A onda de violência no Egito causou pelo menos 525 mortos na quarta-feira, informou hoje o Ministério da Saúde, e a situação já motivou um apelo do papa Francisco à «paz, ao diálogo e à reconciliação».
Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.
A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército a 03 de julho.