O segundo aniversário da revolta popular contra o regime de Mubarak, assinalado esta sexta-feira, fica marcado por violência um pouco por todo o país.
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Pelo menos nove pessoas morreram hoje na cidade do Suez, Egito, em confrontos entre manifestantes e polícia que se estenderam também à capital e principal cidade do país, Cairo, informaram as autoridades.
De acordo com a agência noticiosa Efe, que cita fontes médicas e de segurança, os confrontos começaram depois de uma intervenção policial com gás lacrimogéneo contra manifestantes que atacavam edifícios governamentais.
A meio da tarde, foi revelado que havia quatro mortos, número entretanto revisto em alta para nove.
O Ministério da Saúde avançou ainda que a violência deixou 252 pessoas feridas, depois de dezenas de milhares de manifestantes terem saído às ruas em protesto contra o Presidente islamita, Mohamed Morsi.
O chefe de Estado é acusado pelos manifestantes de deixar cair a revolução que derrubou em 2011 o ditador Hosni Mubarak.
Durante o dia, manifestantes anti-Morsi atacaram edifícios governamentais e edifícios do partido de Morsi, apoiado pela Irmandade Muçulmana, em Alexandria, Ismailia, Damiette, Kafr el-Sheikh e outras localidades do Suez e Delta do Nilo.
Entretanto, o principal grupo opositor egípcio, a Frente de Salvação Nacional, reclamou a constituição de um governo de unidade nacional e responsabilizou o presidente, Mohamed Morsi, e a Irmandade Muçulmana pela situação no país.