O primeiro-ministro da Grécia afirmou, esta quinta-feira, que a realização de eleições antecipadas seria «catastrófica» para o país, confirmando que não tenciona demitir-se no imediato.
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Em declarações no Parlamento, Georges Papandreou disse que o «desafio agora para a Grécia é pôr em prática» o plano da União Europeia contra a crise aprovado em Bruxelas a 27 de Outubro.
«A rejeição (do plano) através do 'não' num referendo, a realização de eleições antecipadas ou a ausência de uma maioria a favor do plano significam a saída do euro», advertiu Papandreou, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Por outro lado, Papandreou sublinhou que «é preciso estabilidade neste grupo parlamentar e no governo para o futuro do país», confirmando que não tenciona demitir-se no imediato, apesar das críticas de ministros e deputados.
Papandreou indicou que vai encetar conversações com a oposição de direita, que se comprometeu a votar a favor do plano europeu.
Porém, a oposição exigiu também o abandono da ideia de um referendo sobre a ajuda externa e a formação de um governo «de transição» antes da realização de eleições antecipadas.
Durante a reunião, o ministro das Finanças e número dois do governo, Evangélos Vénizélos, pediu a Papandreou para anunciar «o abandono oficial» do seu projecto de referendo, na origem da crise que agita o país e toda a Zona Euro.
O ministro disse ainda que a Grécia necessita, para cumprir os seus compromissos, que a sexta 'tranche' do empréstimo internacional concedido ao país em 2010 seja entregue «até 15 de Dezembro».