O voto é o dever mais importante dos cidadãos, são palavras do presidente alemão num apelo ao voto em dia de eleições legislativas. As urnas abriram às 8h locais (7h em Lisboa).
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Quase 62 milhões de alemães são chamados hoje às urnas para eleger o próximo governo, com as sondagens a preverem uma vitória da chanceler Angela Merkel, a quarta consecutiva, e a entrada da extrema-direita no parlamento federal.
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As sondagens mais recentes preveem que a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e a sua aliada bávara União Social-Cristã (CSU) obtenham 36% dos votos, ficando aquém da maioria no parlamento federal (Bundestag, de 703 deputados).
A Alemanha não tem tradição de governos minoritários, pelo que a CDU deverá iniciar negociações com outros partidos para a formação de uma coligação de governo.
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As hipóteses mais avançadas por analistas são uma aliança com os Verdes (9%) e o Partido Liberal (8%) ou uma repetição da "grande coligação" com o Partido Social-Democrata (SPD), que deverá obter pouco mais de 20%.
A confirmarem-se as sondagens, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) será o terceiro partido mais votado, com 11%, assegurando a entrada no Bundestag, o que ocorre pela primeira vez desde a II Guerra Mundial.
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Ao contrário de Portugal, na Alemanha cada eleitor tem dois votos: com o primeiro é escolhido um candidato para representar o circulo eleitoral - no país existem 299 (um por cada 250 mil habitantes). São escolhidos por voto direto e compõem metade dos 598 assentos do parlamento alemão (este número é variável).
A outra metade é definida pelo segundo voto, que determina a força de cada partido dentro do Bundestag. O eleitor pode dar o primeiro voto ao candidato de um partido e o segundo voto à lista de outro partido.
As urnas abrem às 8h locais (7h em Lisboa) e encerram às 18h (17h).