Agência europeia defende que tratamentos disponíveis sejam administrados "primeiramente, aos indivíduos vulneráveis"
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A Agência Europeia do Medicamento (EMA) está aguardar pelo "envio de dados" para avaliar se a vacina para a varíola comum é eficaz contra a monkeypox.
O chefe da task force para as vacinas da EMA, Marco Cavaleri, baixa o nível de preocupação, mas garante que a agência está a acompanhar "atentamente" a evolução da varíola dos macacos.
Marco Cavaleri afirma que a Agência Europeia do Medicamento está em contacto com as autoridades nacionais "a fazer o papel que lhe cabe, discutindo ativamente os tratamentos e as vacinas disponíveis que venham a ser necessárias".
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"A equipa de emergência já está ativada para discutir este surto e as medidas de combate", mas o especialista reconhece que a doença é ainda assim menos inquietante do que a Covid-19.
"Estamos a lidar com um vírus com múltiplas diferenças em relação ao SARS-CoV-2, a começar no facto de que este vírus não se transmite facilmente entre as pessoas", afirmou, salientando que, por essa razão, "o risco de as pessoas contraírem esta infeção é baixo, e não se prevê um aumento massivo de casos, ainda que uma subida do número de casos venha provavelmente a ocorrer".
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O especialista salienta há dois tratamentos disponíveis, que devem ser administrados "primeiramente, aos indivíduos vulneráveis, como as pessoas com imunodeficiências", uma vez que a doença "é tipicamente ligeira".
A EMA está também a considerar a eficácia de uma vacina para a varíola comum, aprovada em 2013, estando "a equipa de emergência da EMA, em conversações sobre o pedido de autorização, para preparar o envio de dados que possam sustentar uma extensão das orientações sobre [esta vacina] em relação à prevenção da varíola dos macacos, com base na evidência já disponível".