Cynthia Charotich tem 19 anos, conta que não foi a única a esconder-se em armários mas que conseguiu tapar-se com roupa e ficar o mais quieta possível, enquanto os atacantes disparavam, abriam portas e gritavam para que ninguém continuasse escondido.
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Cynthia contou à Sky News que muitas das colegas saíram do esconderijo, mas ela continuou imóvel, mesmo quando as equipas de resgate percorreram toda a universidade na esperança de encontrar sobreviventes.
Cynthia recorda que o medo a paralisou e que quando uma equipa de médicos a encontrar, dois dias depois do ataque, pensou que eram ainda os terroristas.
Cynthia está agora no hospital a ser acompanhada, não sabe ainda que o principal suspeito do ataque à Universidade de Garissa é um professor da própria universidade.
Mohaned Mohamud era conhecido como uma pessoa calma, discreta. As autoridades acreditam que foi ele quem planeou o ataque, reivindicado pelo grupo somali Al Shabaab.
O grupo islâmico somali ameaçou hoje fazer novos ataques no Quénia se o Governo não retirar as tropas que tem destacadas na Somália. Na nota difundida pela organização terrorista, intitulada "Enterrando as esperanças do Quénia", os autores do atentado avisam que a presença do exército queniano na Somália, que acusam de matar civis e bombardear povos, levará a mais represálias contra a população queniana, que responsabilizam por ter elegido o atual Governo.
Entretanto, cinco pessoas foram detidas e interrogadas por suspeita de ligações ao ataque de quinta-feira à universidade Garissa, no Quénia, que matou 148 pessoas, anunciou hoje o Ministério do Interior. «Suspeitamos que sejam cúmplices dos atacantes [...] tentamos estabelecer ligações» com o ataque, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Mwenda Njoka.