Missão com 14 pessoas tenciona passar vários dias na central nuclear e criar uma representação permanente nas instalações.
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Já chegaram à central nuclear ucraniana de Zaporijia os especialistas da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) da ONU, confirmou a Reuters.
Apesar de relatos de bombardeamentos nas proximidades, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, assegura que as visitas à central nuclear ocupada por tropas russas.
"Houve atividades militares, inclusive esta manhã, há alguns minutos, mas não paramos, vamos continuar", disse Grossi aos jornalistas na cidade de Zaporijia, a cerca de 120 quilómetros da central.
"Vamos começar imediatamente a avaliar a situação de segurança da fábrica", acrescentou.
Uma coluna com cerca de 20 carros, metade destes identificados com as siglas da ONU, e uma ambulância, chegou à localidade de Zaporijia, localizada a cerca de 50 quilómetros em linha reta da central nuclear, ao início da tarde de quarta-feira.
A missão da agência, de 14 pessoas foi recebida pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no dia anterior em Kiev.
A Rússia admitiu permitir que a AIEA estabeleça uma representação permanente na central nuclear de Zaporijia, acedendo às exigências de Kiev, e promete garantir condições de segurança para que os especialistas realizem o seu trabalho.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu esta quinta-feira a suspensão de todas as operações militares em torno da central nuclear, alertando que um ataque seria "catastrófico".
A central caiu nas mãos das tropas russas em março, logo após Moscovo ter iniciado a invasão da Ucrânia, tendo sido alvo de vários bombardeamentos pelos quais Moscovo e Kiev negam responsabilidade.