Há novidades sobre a investigação relativa à morte de Yasser Arafat. Os peritos franceses que avaliaram amostras dos restos mortais do líder palestiniano não validam a tese de envenenamento.
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Os franceses reconhecem que havia polónio em doses superiores à média no corpo de Yasser Arafat, mas, ao contrário dos suíços, afastam a hipótese de envenenamento.
Para os peritos franceses, as quantidades elevadas de polónio devem-se à presença radão, um gás radioativo natural no meio ambiente.
Essa tese tinha sido afastada pelo relatório suíço, havendo, assim, duas teses contraditórias.
Em conferência de imprensa, a procuradoria de Nanterre, nos arredores de Paris, adianta que a investigação continua.
Da família de Arafat chegam dúvidas e algum ceticismo. A viúva de Yasser Arafat confessou que ficou perturbada com as contradições e sem saber bem o que pensar.
Souha Arafat que desecandeou o processo ao pedir, no ano passado, a exumação do cadáver, depois de ter sido encontrado polónio, uma substância altamente radioativa, nos objetos pessoais do histórico lider palestiniano.
Já o sobrinho, que preside à Fundação Arafat, manifestou-se cético em relação às conclusões dos peritos franceses, considerando que qualquer informação sobre a morte do histórico líder palestiniano, em particular informações que cheguem de França, vão estar em linha com o relatório feito pelo hospital há nove anos. Documentos que descreviam uma inflamação dos intestinos e hemorragias severas sem, no entanto, avançarem com qualquer causa para a morte.
A viúva de Arafat quer agora que suíços e franceses cruzem dados e cheguem a uma única conclusão.