"Está no meu sangue." Kamala Harris admite concorrer novamente à presidência dos EUA
Embora tenha admitido que ainda não tomou uma decisão sobre se voltará a concorrer à presidência, Harris assumiu que o seu futuro passa pela política
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A ex-vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Kamala Harris não excluiu a possibilidade de concorrer novamente à Casa Branca, acreditando que, num futuro não muito distante, haverá uma mulher a liderar o Governo.
A democrata revelou isto numa entrevista à BBC que será transmitida no domingo no programa da jornalista Laura Kuenssberg, tendo alguns dos excertos dessa entrevista sido divulgados este sábado.
Na primeira entrevista que dá no Reino Unido, Harris disse que "possivelmente um dia será Presidente", o que foi interpretado como uma sugestão de que se candidatará novamente às eleições presidenciais dos EUA em 2028.
Além disso, a ex-vice-presidente referiu que as suas sobrinhas netas ainda irão ver os EUA liderados por uma mulher.
Embora tenha admitido que ainda não tomou uma decisão sobre se voltará a concorrer à presidência, Harris assumiu que o seu futuro passa pela política.
"Eu não terminei. Vivi toda a minha carreira como uma vida de serviço e isso está no meu sangue", apontou.
Já sobre as sondagens que a colocam atrás do ator de Hollywood Dwayne Johnson, Harris admitiu que não dá atenção às sondagens.
"Se tivesse dado ouvidos às sondagens não me teria candidatado ao meu primeiro cargo, nem ao segundo e, certamente, não estaria aqui sentada", assinalou.
A vice-presidente dos Estados Unidos no Governo de Joe Biden perdeu as eleições, em novembro, para o republicano Donald Trump que, nesta entrevista, apelidou de tirano.
Harris ressalvou que as suas previsões sobre o comportamento fascista de Donald Trump e do seu Governo estão a concretizar-se.
"[Trump] é tão suscetível que não suportou as críticas por uma piada e tentou fechar um meio de comunicação inteiro no processo", acrescentou.
Harris criticou ainda os líderes empresariais e as instituições americanas por cederem com demasiada facilidade às exigências do presidente.
"Muitos capitularam e ajoelharam-se, desde o primeiro dia, perante um tirano por diversas razões, entre elas, por quererem estar perto do poder, que uma fusão seja aprovada ou evitar uma investigação", considerou.