Governo espanhol acredita que as autoridades venezuelanas não vão desrespeitar a "inviolabilidade" da residência do embaixador espanhol em Caracas.
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O Governo espanhol garantiu, esta quinta-feira, não ter qualquer intenção de entregar Leopoldo López às autoridades venezuelanas.
López, líder da oposição a Maduro que foi libertado esta segunda-feira no início da Operação Liberdade, estava em prisão domiciliária desde 2017.
Desde aí, López está hospedado na embaixada espanhola em Caracas, juntamente com a sua mulher e filha. À porta da embaixada, López fez saber aos jornalistas que durante várias semanas manteve contactos com as Forças Armadas.
"Durante mais de três semanas, tive reuniões em minha casa na condição de preso domiciliário. Reuni-me com comandantes, generais, representantes das Forças Armadas e organismos policiais. Comprometemo-nos a contribuir para o fim da usurpação, posso dizer-vos que o que começou a 30 de abril é um processo irreversível. E é irreversível porque eles mesmos, homens e mulheres das Forças Armadas, perceberam que não estão sozinhos, que podem colaborar entre eles e que juntos vão fazer a força necessária para que povo e Forças Armadas, juntos, acabem com a usurpação", anunciou.
O estado espanhol, citado pela Reuters, diz acreditar também que as forças venezuelanas vão respeitar a inviolabilidade da residência do embaixador espanhol em Caracas.
Estas garantias de Espanha chegam horas depois do Supremo Tribunal da Venezuela, dirigido pelo Presidente Maduro, ter emitido um mandado de captura para Leopoldo López, opositor do regime vigente, segundo informações avançadas pela agência Reuters.
O Supremo Tribunal considera que López violou a pena de prisão domiciliária que estava a cumprir desde 2017, e deu ordens para a sua detenção.
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