Os jihadistas do Estado Islâmico libertaram pelo menos 93 civis curdos sequestrados em fevereiro quando seguiam para o Curdistão iraquiano, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
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Mais de 160 civis curdos foram raptados em fevereiro pelo Estado Islâmico que os acusou de serem membros da União Democrática Curda, o principal partido curdo da Síria, cujas forças combatem há mais de um mês e meio contra o grupo jihadista na cidade de Kobani.
A organização não-governamental não conseguiu esclarecer por que razão é que aquele grupo de reféns foi colocado em liberdade.
Do total, 53 puderam entrar na Turquia, enquanto 40 outros permanecem em território sírio, de acordo com dados do Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH), que tem uma ampla rede de informadores em toda a Síria. O destino dos restantes 70 civis raptados em fevereiro continua por apurar.
Os civis, oriundos de Kobani, foram raptados depois de terem deixado a cidade rumando mais a leste, no seu caminho em direção ao Curdistão iraquiano. O Estado Islâmico deteve-os no seu bastião de Raqa, no norte da Síria.
Até outubro, o Estado Islâmico também libertou 25 estudantes curdos que foram sequestrados em maio no norte da Síria no seu regresso a casa, Kobani.
As forças curdas, apoiadas por raides aéreos levados a cabo pela coligação internacional, resistem aos extremistas do Estado IslâmicoI, que lançaram uma vasta ofensiva a 16 de setembro contra aquela cidade. Pouco depois começaram a ser ajudados sobretudo pelos peshmergas (curdos armados) iraquianos.