O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque de quarta-feira contra um museu de Tunes, em que morreram 21 pessoas, numa mensagem áudio divulgada hoje.
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Na mensagem, colocada em sites islamitas, o grupo 'jihadista' ameaça lançar mais ataques na Tunísia, noticiou a agência France Presse.
O ataque contra o Museu Nacional do Bardo foi perpetrado por dois homens com armas automáticas que acabaram por ser mortos pela polícia. Nove suspeitos de envolvimento no ataque foram detidos hoje.
O último balanço do Ministério da Saúde tunisino indica que morreram no ataque pelo menos 21 pessoas, 17 delas turistas estrangeiros.
A Presidência tunisina anunciou hoje que foram detidas nove pessoas por suspeita de estarem relacionadas com os dois homens responsáveis pelo ataque contra o museu do Bardo, em Tunes, na quarta-feira, que causou 21 mortos.
«O chefe do Governo (...) indicou que as forças de segurança detiveram quatro elementos relacionados diretamente com a operação (terrorista) e cinco outros suspeitos de estarem relacionados com esta célula», indicou a Presidência num comunicado, sem precisar o papel ou a identidade dos suspeitos.
No comunicado, a Presidência indica ainda que vão ser tomadas medidas para reforçar as forças armadas e de segurança, o controlo das fronteiras com a Líbia e a Argélia e a cooperação entre os diferentes corpos responsáveis pela segurança da Tunísia.
17 turistas estrangeiros foram mortos no ataque realizado por homens armados e com uniformes militares, que dispararam sobre os visitantes quando eles saiam de um autocarro e que depois perseguiram no interior do museu.
O ataque ao Museu Nacional do Bardo é o mais grave contra estrangeiros na Tunísia desde o atentado suicida contra uma sinagoga em Djerba (sul), em que morreram 14 alemães e dois franceses, além de cinco tunisinos, em 2002, reivindicado pela Al-Qaida.