Estatuto de candidato à UE da Ucrânia envia "forte sinal político contra a autocracia"
Roberta Metsola saúda "a recomendação da Comissão" e traça o "caminho certo para que o Conselho Europeu conceda à Ucrânia o estatuto de candidato à UE".
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A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considerou esta sexta-feira que a recomendação da Comissão Europeia para atribuição do estatuto de candidato à Ucrânia envia um "forte sinal político contra a autocracia", esperando apoio dos líderes europeus.
"O estatuto de candidato à Ucrânia envia um forte sinal político contra a autocracia e pela liberdade", declarou Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter.
"Em nome do Parlamento Europeu, saúdo a recomendação da Comissão", acrescentou.
Para Roberta Metsola, a recomendação do executivo comunitário traça o "caminho certo para que o Conselho Europeu conceda à Ucrânia o estatuto de candidato à União Europeia (UE)".
Esta é a primeira reação de outras instituições europeias à 'luz verde' da Comissão, depois de Roberta Metsola ter sido uma das primeiras líderes comunitárias a visitar a Ucrânia, em abril passado.
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O executivo comunitário recomendou esta sexta-feira ao Conselho que seja concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão à UE, emitindo parecer semelhante para a Moldova, enquanto para a Geórgia entende serem necessários mais passos.
Relativamente às candidaturas da Ucrânia e da Moldova, o executivo comunitário entende que lhes deve ser concedido o estatuto de países candidatos à adesão "no pressuposto de que serão tomadas medidas numa série de áreas", enquanto relativamente à Geórgia propõe que lhe seja dada a "perspetiva" de se tornar membro, mas a concessão do estatuto de candidato apenas depois de "abordadas várias prioridades".
"Temos uma mensagem clara, que é: sim, a Ucrânia merece a perspetiva europeia, e sim, a Ucrânia deve ser acolhida como país candidato", anunciou em Bruxelas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentando que "todo o processo é baseado nos méritos", pelo que cabe agora à Ucrânia proceder a todas as reformas necessárias para cumprir os requisitos para a adesão.
As recomendações do executivo comunitário, adotadas numa reunião do colégio e apresentadas em Bruxelas por Von der Leyen e pelo comissário do Alargamento, Olivér Várhelyi, serão discutidas pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 já na próxima semana, num Conselho Europeu agendado para 23 e 24 de junho, na capital belga.