EUA avisam que tentativas de desestabilização vão ter «ainda mais custos para a Rússia»
John Kerry pediu a Moscovo para «publicamente repudiar as atividades de separatistas, sabotadores e provocados» na Ucrânia. Por seu lado, Sergei Lavrov pediu a Kiev para não usar a força contra manifestantes pró-russos no sudeste da Ucrânia.
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O secretário de Estado norte-americano avisou que as tentativas da Moscovo de desestabilizar a Ucrânia vão causar «ainda mais custos para a Rússia».
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA indicou que John Kerry pediu ao chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, para Moscovo «publicamente repudiar as atividades de separatistas, sabotadores e provocados» na Ucrânia.
Jen Psaki adiantou ainda que Kerry e Lavrov discutiram a possibilidade de «conversações diretas» nos próximos dez dias entre a Ucrânia, Rússia, EUA e União Europeia para tentar amenizar as tensões.
Entretanto, o chefe da diplomacia russa pediu ao governo ucraniano para que não use a força contra manifestantes pró-russos no sudeste da Ucrânia, indicou o ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Em comunicado, o ministério liderado por Sergei Lavrov explicou que foi enfatizado ainda numa conversa que o seu homólogo ucraniano, Andriy Deshchytsa, a «necessidade de respeitar as aspirações dos residentes do sudeste da Ucrânia».
O governo pró-europeu ucraniano entende que a Rússia está a levar a cabo um plano para «desmembrar» a Ucrânia, isto depois de manifestantes terem proclamado uma «república soberana» em Donetsk, a maior cidade do sudeste ucraniano.
No domingo, manifestantes pró-russos tomaram vários edifícios governamentais em cidades do leste da Ucrânia, tendo as bandeiras ucranianas sido substituídas por bandeiras russas.