Os EUA e o Reino Unido defendem que o escritório de Muammar Kadhafi é um «alvo legítimo». Já o primeiro-ministro russo entende que o objectivo do Ocidente é liquidar o líder líbio.
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Os responsáveis pela Defesa dos EUA e do Reino Unido consideraram, esta terça-feira, que o escritório do líder líbio Muammar Kadhafi, que foi bombardeado na segunda-feira, constitui um «alvo legítimo».
«Consideramos que os centros de controlo e e de comando são alvos legítimos e nós já os destruímos», explicou o secretário de Estado norte-americano da Defesa, numa conferência conjunta com o seu homólogo britânico.
Questionado sobre se o coronel Muammar Kadhafi também seria um alvo para os aviões da NATO, Robert Gates disse apenas que «não o visamos especificamente».
Por seu lado, o ministro britânico da Defesa, Liam Fox, adiantou que «enquanto o governo continuar a atacar civis, continuaremos a considerar todos os mecanismos de comando e controlo como alvos legítimos».
Antes, o primeiro-ministro russo tinha denunciado que o Ocidente não tem nem o direito nem o mandato para matar Muammar Kadhafi e considerou que a coligação que está a fazer os ataques na Líbia está a ir além da resolução do Conselho de Segurança da ONU.
«Eles dizem que não querem matar Kadhafi. Agora, alguns oficiais dizem que sim, que querem matar Kadhafi. Quem permitiu isto, houve algum julgamento? Quem tomou o direito de matar este homem?», afirmou Vladimir Putin, numa visita que está a fazer à Dinamarca.