Os Estados Unidos vão levar ao Conselho de Segurança da ONU a situação política no Zimbabué, após a retirada da candidatura do líder da oposição às eleições presidenciais. Também a UE e o secretário-geral da ONU se mostraram preocupados com o futuro do país.
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Os Estados Unidos vão levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a situação política no Zimbabué, após a retirada da candidatura do líder da oposição, Morgan Tsanvigirai, às eleições presidenciais.
Num comunicado da Casa Branca lê-se que «o regime de Mugabe reforça a cada dia a sua ilegitimidade», por isso «os actos absurdos de violência contra a oposição e os observadores das eleições têm que terminar».
«Os Estados Unidos preparam-se para ir no início da semana ao Conselho de Segurança para examinar as medidas suplementares que devem ser tomadas. Mugabe não pode ser infinitamente autorizado a reprimir o povo zimbabueano», adiantou a porta-voz da Casa Branca Carlton Carroll.
Por seu lado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou, este domingo, que o abandono de Tsvangirai das presidenciais constitui «um episódio muito deprimente» e «um mau presságio» para o futuro do país.
Também o alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Europeia, Javier Solana, considerou inaceitável a campanha de intimação e violência dos seguidores de Mugabe.
O líder da oposição no Zimbabué renunciou domingo, face a uma onda de violência, a defrontar Mugabe na segunda volta das eleições presidenciais, prevista para 27 de Junho, abrindo caminho à reeleição automática de Robert Mugabe, o mais antigo presidente de África.