Este ex-chefe de Estado do Exército defende que os EUA devem constituir uma «aliança internacional sob a égide das Nações Unidas» e que vão acabar por intervir na Síria para corrigir o erro que cometeram ao não apoiarem os 'insurretos bons'.
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O general Loureiro dos Santos entende que os EUA não devem agir sozinhos contra os jihadistas do Estado Islâmico, devendo sim constituir uma «aliança internacional sob a égide das Nações Unidas».
«Esta ameaça é nova embora na sequência da ameaça da al-Qaeda», acrescentou este ex-chefe do Estado-maior do Exército, que considera se estar já perante um conflito de civilizações.
Para Loureiro dos Santos, «há já um grupo organizado no terreno que já conquistou espaço, que tem armas, munições, financiamento e capacidade para desafiar a ordem internacional atual».
Este general considera ainda que a restauração de um califado por parte dos elementos do Estado Islâmico no Iraque se deveu a erro dos EUA, que promoveram a insurreição na Síria.
Loureiro dos Santos recordou que os EUA não apoiaram os «'insurretos bons', que não estavam ligados a movimentos extremistas, por receio das armas que fossem fornecidas fossem parar a estes elementos».
Este ex-chefe do Estado-maior do Exército entende ainda que os elementos do Estado Islâmico, a maior parte dos quais então a lutar no Iraque, deslocaram-se para a Síria graças ao «alvo que lhes é criado pelos EUA».
«Claro que a situação se desenvolveu de forma inesperada até porque eles foram apoiados financeiramente pela Arábia Saudita e pelo Qatar na sua luta contra o Irão e o xiismo», notou.
Loureiro dos Santos acredita que os EUA acabarão por intervir na Síria para corrigir o seu erro, «o que se significa que se estão a transformar num aliado daquele que começou por ser o seu inimigo, a Síria».