O secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, disse hoje que o mundo tem de estar preparado para tudo. A administração norte-americana acredita que o Estado Islâmico é uma ameaça real e iminente.
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O secretário da defesa deu ao início da noite uma conferência de imprensa em que defendeu que o Estado Islâmico (EI) vai além do realizado por outros extremistas, incluindo a Al-qaeda. Chuck Hagel considera que a «sofisticação, a tecnologia, o dinheiro e os recursos» são muito diferentes do que tem sido visto até agora.
«Este Estado Islâmico ultrapassa tudo o que possamos conhecer. Devemos estar preparados para tudo», declarou. O EI «vai mais longe do que um grupo terrorista. Alia ideologia e sofisticação com conhecimento militar, tático e estratégico. E é extremamente bem financiado», sublinhou Chuck Hagel.
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Já o general Martin Dempsey, chefe de Estado-Maior das forças americanas, avisou que a ameaça não se resume à Síria e ao Iraque porque os combatentes europeus e de outros países vão um dia regressar a casa.
Este responsável das forças norte-americanas, que defende que não pode ser excluída uma intervenção na Síria, considerou que o Estado Islâmico «tem uma visão estratégica, apocalítica que tem de ser derrotada».
Este é o grupo responsável pela morte de James Foley. Sabe-se agora que Estado Islâmico exigiu um resgate de 100 milhões de euros para libertar o jornalista. A informação foi avançada esta noite pelo presidente do GlobalPost, um dos orgãos de comunicação para os quais trabalhava Foley.
Philip Balboni disse à CNN que nos últimos dois anos esteve sempre em contacto com a família de Foley e que houve vários contactos com os raptores mas nunca negociações a sério.
O presidente do GlobalPost contou ainda que nunca levaram muito a sério a verba de 100 milhões mas tentaram reunir montantes idênticos aos pagos pelos países europeus para a libertação de reféns. Balboni diz que Estado Islâmico, no entanto, nunca quis negociar e acabou por executar o jornalista.