O secretário de Estado Norte-Americano afirma que a «agressão continuada» russa no leste da Ucrânia é a maior ameaça ao país e que Washington, embora procure uma solução diplomática, não pode «fechar os olhos» aos tanques e combatentes russos que estão a «cruzar a fronteira».
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A falar após uma reunião com Petro Poroshenko, presidente ucraniano, Kerry exigiu um compromisso imediato por parte de Moscovo para um cessar-fogo no leste ucraniano. Um calar das armas que tenha consequências também ao nível das movimentações das tropas no terreno.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro entre os dois, o secretário de Estado norte-americano anunciou que os Estados Unidos vão avançar com ajuda humanitária à Ucrânia no total de catorze milhões de euros.
Poroshenko agradece e ao lado de Kerry afirma que há uma escalada de violência na Ucrânia. Um conflito alimentado por Moscovo.
O secretário de Estado norte-americano respondeu dizendo que é imperativo que todos tomem as decisões certas. A Rússia, diz Kerry, tem de mostrar que pretende pôr um fim no banho de sangue honrando o cessar-fogo que tinha sido assinado em Setembro passado.
Ainda hoje Merkel e Hollande vão a Kiev encontrar-se com Poroshenko e depois viajam para Moscovo para falar com Putin. O americano John Kerry diz que esses encontros são muito importantes pois mostram que os aliados ocidentais estão unidos.
Aos jornalistas, Kerry e Poroshenko não falaram de armas cedidas pela América à Ucrânia. Mas, minutos antes desta conferência de imprensa, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo tinha dito que caso os Estados Unidos cedessem «armas letais» ao governo ucraniano, Moscovo iria tomar isso como uma «grande ameaça à segurança da Rússia».