Os EUA vão eliminar o novo chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, tal como eliminaram Osama Bin Laden, assegurou esta quinta-feira o chefe da hierarquia militar de Washington.
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No decurso de uma conferência de imprensa, o general Mike Mullen, chefe de estado-maior general das Forças Armadas dos EUA, considerou que a designação do número dois da Al-Qaeda para a chefia da rede terrorista «não constitui uma surpresa».
«Ele e a sua organização continuam a ameaçar-nos. Da mesma forma que procurámos e matámos Bin Laden, faremos decerto a mesmo coisa com Zawahiri», assegurou Mike Mullen ao lado do secretário da Defesa, Robert Gates.
O responsável do Pentágono, que se prepara para abandonar o cargo, considerou por sua vez que o novo chefe da Al-Qaeda deverá confrontar-se "«com um certo número de desafios» para impor a sua autoridade na organização, pelo facto de não possuir o "carisma" de Bin Laden.
Antes, um alto responsável norte-americano citado por agências internacionais tinha já considerado que o novo chefe da rede terrorista está «muito longe» da envergadura do seu antecessor, sublinhando que o egípcio terá muitas dificuldades em gerir a organização «pela necessidade de tentar proteger a sua própria vida».
Por sua vez, um porta-voz da Casa Branca afirmou que esta nomeação não constituía uma surpresa e que não vai alterar o facto de a ideologia da Al-Qaeda estar «em queda».
Num comunicado hoje divulgado, a Al-Qaeda anunciou a designação de Zawahiri, o seu número dois, para suceder a Bin Laden, morto em 2 de Maio por um comando norte-americano no Paquistão.
A organização terrorista comprometeu-se a prosseguir a jihad (guerra santa) contra os EUA e Israel.