De acordo com um relatório feito a partir de dados fornecidos por Edward Snowden, a religião foi o principal critério para justificar o cerco apertado do FBI e da NSA a cinco líderes da comunidade islâmica, todos com nacionalidade norte-americana.
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Sem razão aparente, toda uma vida vasculhada pelo Estado. Apenas por motivos religiosos, porque são muçulmanos, porque são ativistas dos direitos cívicos, políticos e advogados.
A denúncia foi feita hoje no jornal online The Intercept que tem analisado os documentos do antigo funcionário da Agência Nacional de Segurança, Edward Snowden.
A publicação digital revela os nomes de cinco líderes da comunidade islâmica que foram vigiados durante seis anos. Todos têm nacionalidade norte-americana e um deles chegou mesmo a ter um alto cargo no departamento de segurança interna, durante a administração de George W. Bush.
Faisal Gill diz não entender o que possa estar no seu passado para ser vigiado. Teve milhares de mensagens de correio eletrónico vigiadas e agora confessa que a maioria das pessoas desconhecem o ódio e o perjúrio antes de se confrontarem com ele.
Outros envolvidos são professores universitários de ciência política e advogados defensores de alegados terroristas. Todos eles vigiados com a autorização de um juiz ao abrigo da Lei de Vigilância e espionagem anti-terrorista.