A reunião convocada para esta manhã foi adiada para o início da tarde. Antes de um novo encontro por teleconferência, Jeroen Dijsselbloem mostra-se pouco satisfeito com o rumo do processo.
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O presidente do Eurogrupo lamenta o desfecho da última noite, depois de a Grécia entrar em incumprimento ao não pagar ao Fundo Monetário Internacional a dívida de 1,6 mil milhões de euros.
Jeroen Dijsselbloem diz que a Grécia pode tem legalmente o direito de pedir assistência financeira, no entanto avisa para todo o desgaste que as novas negociações vão impor à economia grega e considera que do ponto de vista político, o governo de Atenas tem de mudar de posições.
Assim, e de pé atrás em relação às posições políticas do governo de grego, o presidente do Eurogrupo admite que do ponto de vista legal, a Grécia está em condições de pedir um terceiro resgate.
"Pedir um novo programa é sempre possível. A Grécia é um membro da zona euro [e] é membro do Mecanismo de Europeu de Estabilidade e pode pedir assistência financeira".
Mas Jeroen Dijsselbloem está insatisfeito com o curso que as negociações com o governo do Syriza tomaram, por isso, espera que algo mude para que o terceiro resgate possa ser viabilizado.
"O que pode mudar é a posição política do governo grego, que nos deixou nesta triste situação. A teleconferência é para falarmos sobre o novo resgate. Mas, dada a actual posição política que governo grego adopta, é muito difícil de ter conversas construtivas".
Mesmo que as negociações do terceiro resgate venham a ser bem sucedidas, o presidente do Eurogrupo considera que o balanço a fazer será sempre negativo.
"As instituições terão outra vez que levar a cabo imenso trabalho. Entretanto, como se sabe, a situação na Grécia e a economia grega e os Bancos Gregos já se deterioraram ainda mais, infelizmente".
Entretanto, a reunião dos ministro das Finanças da zona euro, marcada para esta manhã, foi adiada para as 16h30m.