Os ministros da economia e das finanças da zona euro acordaram hoje os detalhes do resgate ao Chipre que vai atingir os 10.000 milhões de euros.
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O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, revelou em conferência de imprensa após a reunião que o plano de resgate inclui «medidas ambiciosas» no âmbito da consolidação fiscal, reformas estruturais e privatizações bem como "ações determinantes" para salvaguardar a estabilidade financeira.
O Eurogrupo conseguiu diminuir o envelope de ajuda financeira dos 17.500 milhões de euros pedidos inicialmente para os 10.000 milhões de euros, acrescentou o mesmo responsável.
A diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, explicou, por sua vez, que proporá ao conselho da instituição uma «contribuição» para o resgate dado que a proposta acordada já esta madrugada é «sustentável» no interesse da economia cipriota e prevê um financiamento apropriado.
O grupo de 17 países acordou um pacote de medidas que inclui um imposto extraordinário de 9,9 % sobre os depósitos acima dos 100.000 euros e de 6,7 % para os valores abaixo, bem como um aumento do imposto sobre as empresas até 12,5 %.
Por outro lado, estão também previstas «medidas excecionais» para fazer frente à débil situação do setor bancário, sem, contudo, se colocar em risco a sustentabilidade da dívida do país, assinalou Jeroen Dijsselbloem.
O presidente do Eurogrupo disse ainda confiar que as iniciativas do resgate e a «estrita implementação» vão permitir que a dívida pública do Chipre, que deve alcançar 100 % do PIB em 2020, permaneça sustentável, melhore o seu potencial de crescimento e garanta a estabilidade financeira a longo prazo no país.
O pedido de ajuda financeira tinha sido feito há nove meses.