O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras não esconde que amanhã, quando o Eurogrupo voltar a reunir-se, aguardam-se negociações duras. Ao mesmo tempo, o governante mostra-se confiante.
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O Eurogrupo volta a reunir-se amanhã com a situação da Grécia no centro de todas as atenções.
Apesar das expectativas elevadas, o primeiro-ministro grego diz estar confiante no caminho que as negociações vão tomar. Em entrevista à revista alemã Stern, Alexis Tsipras revelou, contudo, que espera uma conversa "dura" com os países parceiros da moeda única.
«Estou à espera de negociações difíceis, não obstante isto estou também confiante» referiu nesta entrevista.
Na véspera de a Grécia retomar as negociações Alexis Tsipras deixa, também, uma promessa. «Garanto que dentro de seis meses, a Grécia vai ser um país completamente diferente».
Tsipras adotou um tom conciliador para dizer, ainda, que esta será uma negociação em que todas as partes sairão vencedoras.
O ministro das Finanças, outra peça-chave nestas negociações também deu uma entrevista na qual afirmou que «a nossa posição, baseada na lógica, é forte, e vai conduzir a um acordo, mesmo que seja no último minuto».
Segundo Yanis Varoufakis, tanto os gregos como o resto da União Europeia «farão tudo o que é necessário para evitar um resultado que fragilize a unidade da zona euro».
O ministro do novo Governo disse estar convencido que «a Europa sabe chegar a acordos honoráveis a partir de honoráveis desacordos» e evocou um nível de otimismo «importante».
Numa entrevista com a edição dominical do jornal grego "Kathimerini", Varoufakis disse que os acontecimentos dos últimos dias lhe deram «uma dose suficiente de otimismo» para pensar que se pode chegar a «um novo acordo entre a Europa e a Grécia, que porá fim a uma crise que se autoalimenta e que criará uma nova relação de confiança» entre os gregos e os seus parceiros.
Varoufakis insiste em que a Grécia não tem nenhum "plano B" para o caso de um fracasso das negociações e que se apresenta nelas com a «firme postura» de que se pode alcançar um acordo, nem que seja «no último minuto».
À pergunta sobre se o sistema bancário é atualmente seguro, Varoufakis respondeu que o próprio Banco Central Europeu deixou claro que não enfrenta qualquer problema.