O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros trocou pontos de vista sobre o Médio Oriente com o governo de Omã e disse que a Europa deve tomar iniciativas de paz.
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«A Europa tem boa reputação política e diplomática, percebe muito melhor esta região do mundo do que alguns de outros parceiros e, a meu ver, deve tomar uma iniciativa de paz, concertada com a comunidade internacional na área do Médio Oriente» disse Paulo Portas aos jornalistas após encontros com o chefe da diplomacia de Omã com quem abordou igualmente a situação da Síria e a questão nuclear iraniana.
«Falamos do Irão, porque o problema do nuclear e do Irão é um problema muito sensível para esta região. Falamos da Síria que é uma catástrofe e que se desenrola à nossa frente, é um derrame de sangue sem fim e temos visões bastante aproximadas porque quer a nossa diplomacia, quer a diplomacia omanita distinguem-se por procurar uma certa moderação. Apostando nos moderados talvez tenhamos menos conflito e tenhamos mais negociação e com mais negociação temos certamente mais paz», disse Paulo Portas.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, Portugal é «certamente» um dos países da Europa que percebe melhor o Mediterrâneo, o Magrebe e o Médio Oriente.
«Se nós conseguirmos, como europeus, contribuir para que nessas zonas em vez de conflito haja negociação, em vez de guerra, haja paz estaremos muito a melhorar a reputação da Europa e a abrir caminho também a fluxos não apenas políticos mas também comerciais e culturais muito importantes numa altura em que a Europa precisa de crescer», disse Portas que iniciou hoje em Mascate, a capital do Sultanato de Omã, uma deslocação ao Golfo Pérsico, que se vai prolongar até ao dia 21 e que prevê viagens ao Kuwait, Dubai e Emiratos Árabes Unidos.
Paulo Portas encontrou-se hoje em Mascate com Sayyed bin Mahmoud Al-Said, vice-ministro para o Conselho de Ministros do sultanato em que esteve presente o chefe da diplomacia de Omã.