A extrema-direita deverá ser o partido mais votado nas eleições europeias na Holanda e é também apontada como vencedora em França, com a Frente Nacional a repetir o êxito das municipais de março.
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Na Holanda, as projeções atribuem 16,5% das intenções de voto ao Partido da Liberdade (PVV), a que corresponde a eleição de cinco eurodeputados, à frente dos Democratas 66, com 15,1% (quatro eurodeputados), e dos dois partidos da coligação governamental, o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), com 14,7% (quatro eurodeputados), e o Partido Trabalhista (PvdA), com 9,6% (três).
O polémico líder do Partido da Liberdade, Geert Wilders, habituou os holandeses a declarações islamofóbicas e eurocéticas, mas em março, num comício, chocou até membros do seu partido quando perguntou aos apoiantes: «Queremos mais ou menos marroquinos nesta cidade e neste país?».
Nas semanas seguintes, o PVV desceu pela primeira vez nas sondagens, passando do primeiro para o segundo lugar, e, segundo a imprensa, pelo menos oito militantes saíram do partido. Entretanto, a descida nas sondagens foi superada.
A Frente Nacional (FN) também lidera as sondagens em França, seguida da UMP (direita) e, no terceiro lugar, os socialistas no poder.
Com a extrema-direita a subir em toda a Europa, Marine Le Pen quer aproveitar o balanço e amplificar o discurso anti-Europa e anti-imigração da FN criando um grupo político de extrema-direita no PE com o Partido da Liberdade (PVV) holandês de Geert Wilders.
Segundo as projeções, os dois partidos e os seus aliados - a Liga do Norte italiana, o Partido da Liberdade da Áustria (FPOe), o flamengo Vlaams Belang, os Democratas da Suécia e o Partido Nacional da Eslováquia (SNS) - deverão eleger cerca de 40 eurodeputados.