Mais de 27 mil das vítimas mortais da Covid 19 na Europa têm mais de 65 anos. Por isso, a OMS reforça o apelo: mais do que nunca, há que proteger os mais velhos.
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Numa videoconferência de imprensa a partir de Copenhaga, na Dinamarca, o diretor da Organização Mundial da Saúde na Europa, Hans Kluge, explicou que, nesta altura, o número de mortos provocados pela infeção pelo novo coronavírus supera já os 30 mil e, desses, mais de 90% são idosos.
O responsável ressalva que o vírus não escolhe idades, e há mesmo alguns casos bastante graves entre os mais jovens. De qualquer forma, os mais novos têm mesmo um papel fundamental no combate à pandemia. Daí o apelo aos netos, para que cuidem dos avós. "Falem com eles todos os dias, para que não se sintam sozinhos. Distância física não é isolamento social. Garantam que compreendem a informação que os media repetem incessantemente e que estão bem informados."
Hans Kluge dá o exemplo da campanha de informação desenvolvida pela Cruz Vermelha espanhola, dirigida a mais de 400 mil pessoas - na maioria, idosos com doenças crónicas. A ideia é criar uma espécie de escudo em redor deste grupo de risco. É preciso que "fiquem em casa por um longo período de tempo, em auto isolamento, numa espécie de escudo, sobretudo se tiverem problemas de imunidade, devido a doenças crónicas".
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Nesta conferência de imprensa à distância, o diretor regional da OMS para a Europa afirmou ainda que, em nome de todos, mas sobretudo dos mais velhos, este é o momento para agir em comunidade. "Criem sociedades e ambientes acolhedores, que incentivem a um envelhecer saudável. É algo que todos merecemos, seja em tempo de paz ou de guerra."
Hans Kluge fez ainda questão de sublinhar que acredita na vitória contra o vírus, mas nunca é demais repetir que "cada um tem um papel na defesa de todos".
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