Hillary Clinton e a equipa foram "extremamente imprudentes e descuidados" no uso do email, mas o FBI não vê razões para que a ex-secretária de Estado norte-americana seja processada.
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O diretor do FBI afirmou esta terça-feira que a instituição vai recomendar que Hillary Clinton não seja processada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, "embora existam indícios de potencial violação dos estatutos que regem o uso de informação classificada".
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James Corney disse, em conferência de imprensa, que a investigação, que durou um ano, está na reta final e que é possível que "atores hostis" tenham tido acesso a emails enviados por Hillary Clinton. As declarações do diretor do FBI surgem horas antes de a candidata do partido Democrata à Casa Branca fazer campanha ao lado de Barack Obama.
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Donald Trump, candidato presidencial republicano, já escreveu no Twitter que considera a decisão injusta e que o "sistema está viciado".
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No sábado, Hillary Clinton prestou declarações no FBI (Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos) "voluntariamente" sobre o uso do seu correio eletrónico privado para assuntos nacionais, quando era secretária de Estado.
A polémica começou em 2015, quando a imprensa norte-americana revelou que, durante os quatros anos no Departamento de Estado, Hillary Clinton usou sempre uma conta pessoal para as suas comunicações, com um servidor privado.
Clinton reconheceu então que teria sido "mais inteligente" usar uma conta oficial e entregou 55.000 páginas de correios eletrónicos ao Departamento de Estado mas o caso suscitou dúvidas sobre se houve um tratamento indevido de informação classificada.