Nova polémica envolve Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente do Brasil. Denúncia é feita pelo empresário Paulo Marinho, um dos principais apoiantes de Jair Bolsonaro.
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Flavio Bolsonaro foi informado por um delegado da polícia das investigações por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa que decorrem contra si ainda antes das eleições de 2018 que elegeriam o seu pai.
Pelo menos é o que afirma Paulo Marinho, empresário do Rio de Janeiro que emprestou a sua casa como sede de campanha a Bolsonaro e é suplente de Flavio no senado federal.
Segundo Marinho, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, um delegado telefonou a Flávio no dia 15 de outubro de 2018, ou seja antes da segunda volta das eleições em que Jair Bolsonaro venceria Fernando Haddad, a informa-lo da operação e a dizer que iriam atrasá-la para não prejudicar a candidatura do hoje presidente.
Na sequência, Flávio Bolsonaro, então deputado estadual do Rio, demitiu imediatamente o seu assessor Fabrício Queiroz, o epicentro dessa investigação. Queiroz é acusado de ajudar a Flávio a manobrar um esquema, conhecido no Brasil como 'rachadinha', de desvio do salário dos assessores de mais de 1,2 milhões de reais.
Por causa do teor explosivo desse processo Flávio e o seu advogado tentaram nesta semana, pela décima vez, parar as investigações.
Às acusações de Marinho, o filho mais velho do presidente da república reagiu dizendo que partem de alguém "desesperado".
Flávio Bolsonaro atribui-as a uma aliança do empresário com João Doria e Wilson Witzel, os governadores de São Paulo e do Rio com quem o presidente da República se incompatibilizou.