O objetivo principal das missões é detetar, seguir e identificar alvos suspeitos que tentem entrar na União Europeia de forma ilegal e sem autorização.
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A Força Aérea Portuguesa vai participar na vigilância das proximidades da ilha de Lampedusa, em Itália, onde pelo menos 111 imigrantes ilegais morreram e cerca de 200 estão dadas como desaparecidas no naufrágio de uma embarcação na quinta-feira.
Em comunicado, a Força Aérea refere que uma aeronave C-295M viaja para o sul de Itália no sábado, equipada com um sistema de vigilância e com militares da Esquadra 502, acompanhados por elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Com a disponibilização do meio aéreo para a Operação Hermes, a Força Aérea Portuguesa corresponde a um pedido da FRONTEX - Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia --, que solicitou à Força Aérea Portuguesa o apoio à vigilância dessa área.
De acordo com Paulo Mineiro, porta-voz da Força Aérea, a aeronave da Esquadra 502 "Elefantes" ficará, em princípio, um mês em Lampedusa, iniciando já no sábado uma missão de vigilância.
O objetivo principal das missões é detetar, seguir e identificar alvos suspeitos que tentem entrar na União Europeia de forma ilegal e sem autorização, bem como auxiliar embarcações que se encontrem em dificuldades.
O resgate de vítimas do naufrágio perto da ilha de Lampedusa ainda decorre. Os imigrantes clandestinos morreram quando o barco em que viajavam naufragou, após um incêndio a bordo, em alto mar. Na embarcação viajariam 500 pessoas, das quais 150 estão em terra.
Este é o segundo naufrágio com imigrantes em menos de uma semana. A 30 de setembro, morreram 13 pessoas, obrigadas pelos traficantes a saltarem do barco em que viajavam, apesar de não saberem nadar e de se registar forte ondulação.