Um documento da ONU dá conta de ataque a instalações médicas por parte de forças sírias, mas também diz que os rebeldes também o fizeram se bem que em menor escala.
Corpo do artigo
Um relatório das Nações Unidas revelou que as forças sírias têm bombardeado hospitais e outras instalações médicas em áreas ocupadas pelos rebeldes.
Segundo este documento, elaborado por peritos em Direitos Humanos que trabalham para a ONU, o regime de Bashar al-Assad pretende desta forma que os feridos do lado dos rebeldes não tenham um tratamento adequado.
Estes peritos, liderados pelo brasileiro Paulo Pinheiro, indicaram ainda que os doentes nestas unidades de saúde foram espancados, queimados com cigarros e torturados até à morte pelas tropas do regime sírio.
Desde o início do regime, em março de 2011, os aviões do regime sírio bombardearam hospitais em cidades como Damasco, Homs, Aleppo, Deraa e Latakia.
O relatório da ONU fala também de snipers posicionados nos telhados e com a missão de atirar contra doentes e pessoas feridas que tentava entrar no hospital de Deraa.
Ainda de acordo com este relatório citado pela Reuters, as Nações Unidas lembram que este tipo de ataques configuram crimes de guerra, de acordo com as leis internacionais.
O relatório assinala ainda que os rebeldes sírios também violaram a neutralidade das instalações de saúde, embora os casos tenham tido menor dimensão, tendo sido detetado um ataque a um hospital e uma situação que envolveu sequestro de médicos.
Para elaborar este documento, os especialistas das Nações Unidas ouviram em dois anos mais de duas mil pessoas.