O operador da central nuclear de Fukushima conseguiu localizar a fissura que permite a fuga de água contaminada do reator 3, o que figura como um avanço na sua luta para conter derrames de líquido radioativo da unidade.
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Depois de instalar uma câmara de vídeo na chamada sala de válvulas de isolamento de vapor - contígua à vasilha de contenção do reator -, os técnicos da Tokyo Electric Power (TEPCO) conseguiram detetar a fuga na junta de uma conduta de água, detalha hoje a imprensa local.
A operadora da central de Fukushima vai avaliar agora a quantidade de água filtrada nesta conduta, de forma a impedir o seu derrame.
Esse tubo penetra na vasilha de contenção, a qual contém água no seu interior devido à contínua injeção de líquido refrigerante para manter a unidade a uma temperatura segura.
A TEPCO decidiu colocar a câmara no reator 3, cujo acesso ao interior é interdito devido aos elevados níveis de radiação, depois de ter detetado, em janeiro, uma fuga contínua de água
Solucionar o problema da fuga de água radioativa é um dos principais requisitos para que os trabalhadores da central possam começar a levar a cabo o desmantelamento dos três reatores que ficaram danificados na sequência do sismo seguido de tsunami de 11 de março de 2011, uma operação que se prevê que irá levar três a quatro décadas até ser concluída.
O acidente nuclear de Fukushima Daiichi foi o mais grave desde o de Chernobil (Ucrânia) em 1986.