Em plena campanha para as presidenciais, o governo da Turquia decretou hoje três dias de luto nacional pelas vítimas palestinianas da operação militar israelita em Gaza, que definiu como um «massacre».
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«Condenamos o massacre do povo palestiniano por Israel», disse o vice-primeiro-ministro Bulent Arinc em Ancara após uma reunião do Executivo, quando mais de 500 palestinianos, na maioria civis, já foram mortos desde o início do assalto militar israelita a Gaza, em 8 de julho.
O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, o grande favorito às eleições presidenciais de 10 de agosto, assumiu-se nos últimos dias como o líder da causa palestiniana, ao denunciar um «genocídio», numa referência às ações militares israelitas em Gaza.
O dirigente turco também irritou Israel e o seu aliado Estados Unidos, ao comparar a mentalidade de alguns líderes do Estado judaico às posições do líder nacional-socialista alemão Adolfo Hitler.
No terreno, o exército israelita anunciou em comunicado a morte de mais sete oficiais e soldados no decurso da operação em Gaza, num total de 25 militares mortos e dezenas de feridos desde o início, na quinta-feira, da incursão terrestre.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde referiu-se a 555 mortos até ao início da noite de hoje, incluindo 125 crianças, e acrescentou que dois terços das vítimas são civis.
Na tarde de hoje as forças israelitas bombardearam um hospital, provocando cinco mortos, enquanto ao início da noite novos bombardeamentos vitimavam mais seis civis palestinianos.
Os responsáveis palestinianos emitiram um apelo internacional para o envio de «ajuda urgente» devido à «grave escassez de materiais médicos e medicamentos e quando existem mais de 3.300 pessoas em situação crítica».