A vice-presidente da Comissão Europeia Kristalina Georgieva partilhou esta quarta-feira uma mensagem em vídeo onde agradece o apoio do governo búlgaroa. Irina Bokova já disse que mantém a candidatura.
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"Aceito a nomeação sabendo o quão responsável é esta posição. E sabendo o quão importante é para este mundo ser um lugar mais seguro, forte, justo e próspero para as gerações presentes e futuras", disse a búlgara Kristalina Georgieva, numa mensagem de vídeo.
A declaração foi divulgada algumas horas depois de o governo de Sófia ter retirado o apoio à candidata Irina Bokova, atual diretora-geral da UNESCO, e de ter anunciado o nome da comissária europeia, que obteve uma licença sem vencimento da Comissão Europeia, para a corrida ao cargo de secretário-geral da ONU.
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"Acreditamos que é uma candidatura de sucesso", disse o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, em declarações hoje aos jornalistas na capital búlgara referindo-se à comissária Kristalina Georgieva, responsável pelo Orçamento e Recursos Humanos.
Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do antigo primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas.
Irina Bokova mantém a candidatura
Após o anúncio do primeiro-ministro búlgaro, Irina Bokova reagiu nas redes sociais, escrevendo no Twitter que continua "completamente comprometida" na eleição para o cargo de secretário-geral da ONU.
"Grata a todos os que me apoiam e completamente comprometida em continuar a corrida para próxima secretária-geral", disse a líder da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na rede social Twitter.
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O nome de Georgieva já tinha sido avançado durante a primavera e foi depois recuperado em agosto e em setembro, depois de Bokova não conseguir um bom resultado nas primeiras rondas de votações no Conselho de Segurança.
Há duas semanas, o primeiro-ministro búlgaro disse que reconsideraria o apoio à candidata depois de conhecidos os resultados da votação de 26 de setembro. Nessa ronda, em que António Guterres tornou a ser o vencedor, Bokova não foi além do quinto lugar, tendo perdido apoios, o que terá motivado a decisão do líder búlgaro.
A próxima votação, em que pela primeira vez serão destacados os vetos dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, está agendada para 5 de outubro.