Gomes Cravinho em Telavive. Portugal "ao lado de Israel" e pela "solução de dois Estados"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, chegou esta manhã a Israel, para uma visita de dois dias pela região do Médio Oriente, no dia em que foi iniciada uma trégua humanitária. Em declarações à RTP, o chefe da diplomacia portuguesa reiterou o "direito de Israel à defesa dos seus cidadãos e do seu território", mas alertou que "não pode haver vidas humanas mais valiosas do que outras".

"Aquilo que vou ter oportunidade de dizer ao meu colega, com quem me vou encontrar aqui, é que, em primeiro lugar, Portugal é solidário em relação aos ataques terroristas do Hamas. Portugal obviamente defende o direito de Israel proteger os seus cidadãos e o seu território", defendeu o ministro.

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O chefe da diplomacia portuguesa sublinha ainda que, "ao mesmo tempo houve um nível incomportável de vítimas civis em Gaza", tendo intenção de transmitir ao homólogo israelita "que o cessar-fogo humanitário que se vive neste momento deve ter continuidade".

João Gomes Cravinho defende que é fundamental "salvaguardar as vidas humanas" até para a segurança futura de Israel

"Cada vida humana é sacro-santa. Não pode haver vidas humanas que são mais valiosas do que outras. Temos de procurar de salvaguardar as vidas humanas, até por uma questão de segurança futura de Israel. Apesar de haver necessidade de uma operação militar, nós não devemos ter a ilusão que os problemas que se vivem têm solução militar. Pelo contrário, a solução só pode ser política."

Solução "dois-Estados"

"Sabemos que Gaza deve fazer parte da solução dois Estados, deve fazer parte de uma futura Palestina e o modo como Gaza é administrada tem de ser diferente daquilo que era o caso no passado", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros no momento da chegada a Israel.