O pedido de asilo foi feito mas o Equador ainda não decidiu. Uma ponderação que acontece ao mesmo tempo que o governo dos EUA pressiona Moscovo a entregar a Washington o ex-espião Edward Snowden.
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O pedido de asilo foi feito mas o Equador ainda não decidiu. uma ponderação que acontece ao mesmo tempo que o governo americano pressiona Moscovo a entregar a Washington o ex-espião Edward Snowden.
Ricardo Patiño, ministro dos negócios estrangeiros equatoriano, confirmou em conferência de imprensa que Edward Snowden pediu asilo político mas sobre uma eventual decisão limitou-se a dizer que o governo está a analisar o caso «com um grande sentido de responsabilidade».
O ministro equatoriano confirmou ainda que Snowden está neste momento em território russo e explicou que o pedido de concessão de asilo «tem a ver com a liberdade de expressão e com a segurança de cidadãos em todo o mundo».
Mostrando uma posição de força, Ricardo Patiño afirmou que o Equador age sempre por princípio e não no próprio interesse. Diz o ministro que «há alguns governos que agem mais em conformidade com os próprios interesses não é o que acontece no Equador».
Edward Snowden, antigo agente da CIA e ex-consultor da Agência de Segurança Nacional norte-americana, chegou à Rússia ontem, procedente de Hong Kong. A organização Wikileaks diz ter participado nesta operação. Julian Assange um dos fundadores do portal mostrou-se confiante de que o Equador irá conceder asilo político ao ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos.
É justamente dos Estados Unidos que chega um pedido endereçado ao Kremlin. Os tribunais norte-americanos querem julgar Snowden. A Casa Branca espera que o governo russo olhe para todas as opções disponíveis de forma a entregar a Washington o homem que contou ao jornal The Guardian como os espiões americanos vigiam conversas e mensagens electrónicas online.