Decorrem esta segunda-feira movimentos cívicos em frente a várias câmaras municipais.
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Cinquenta e sete pessoas foram detidas na noite de domingo para segunda-feira nesta sexta noite de violência depois da morte de Nahel. Dados avançados pelo Ministério do Interior, que também identificou 352 incêndios em espaços públicos e 297 veículos incendiados. O executivo francês garante estar atento à evolução da situação.
Decorrem esta segunda-feira movimentos cívicos em frente a várias câmaras municipais, para denunciar a onda de violência urbana dos últimos seis dias.
Esta segunda-feira, o ministro do Interior, avaliou depois de uma noite sem grandes incidentes que a "ordem" está "a ser restabelecida". Nos últimos seis dias, cerca de 3.200 pessoas foram detidas. 60% não tinham sido notificadas pela polícia, anunciou Gérald Darmanin.
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"A idade média dos detidos é de 17 anos. Por vezes com crianças, não há outra palavra, de 12 ou 13 anos, que incendiaram, que agrediram a polícia ou que agrediram eleitos. É preciso responsabilizar os pais e a família. Porque não cabe à polícia nem ao autarca nem mesmo ao Estado resolver o problema quando uma criança de 12 anos ateia fogo a uma escola", anunciou.
O ministro da Justiça, Eric Dupont Moretti, pediu a restauração da "autoridade parental". "Este discurso do ministro da justiça, Dupont Moretti, de criminalizar as famílias, tornar os tumultos apolíticos inverte as responsabilidades", aponta o sociólogo Michel Kokoreff.
Emmanuel Macron convocou no domingo à noite parte do executivo para fazer "um balanço da situação", sem dramatizar, avançou o Palácio do Eliseu.
Na oposição, a União Nacional e os Republicanos exigem medidas mais firmes, como a aplicação do estado de emergência. Emmanuel Macron preferiu uma resposta gradual com a promessa de uma resposta judicial à altura. Esta nova explosão de violência desafia o Presidente francês a resolver uma dupla crise política e de segurança.
O Presidente está esta segunda-feira reunido com os presidentes do Senado e da Assembleia da República, enquanto a primeira-ministra, Élisabeth Borne, recebe os líderes dos grupos parlamentares. Uma forma de tentar envolver todas as forças políticas na gestão da situação.