Apesar das seis baixas registadas no governo de Lucas Papademos nos últimos dois dias, o primeiro-ministro grego fez saber que não vai remodelar o executivo.
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Em plena greve geral, e depois das manifestações violentas terem voltado às ruas de Atenas, A contestação ao novo pacote de austeridade acertado com a troika tendo como contrapartida um cheque de 130 mil milhões de euros faz-se cada vez mais dentro do governo de coligação.
Com o finca-pé às novas medidas de austeridade a não surtir efeito, a vaga de demissões no governo grego vai engrossando contam-se já seis. Agora foi a vez da vice-ministra dos Negócios Estrangeiros seguir o exemplo do Ministro do Trabalho, que se demitiu quinta-feira.
Já antes, quatro governantes do partido de extrema-direita na coligação tinham pedido a demissão, deixando desfalcadas as pastas dos transportes, defesa, agricultura e marinha mercante.
O executivo de Lucas Papademos marcou para domingo a votação do novo plano de rigor, um pacote que tem sido altamente contestado, principalmente pelo partido ortodoxo, o mais à direita.
Uma fonte do governo já tinha avançado à imprensa que um ministro que se oponha às medidas «seria substituído».
As bolsas europeias encerram esta sexta-feira em queda, com os investidores preocupados com a crise grega, mesmo depois do acordo para o novo programa de austeridade.