O porta-voz do regime de Muammar Kadhafi disse, este domingo, que o Governo está pronto para negociações imediatas. Os rebeldes já responderam e impuseram uma condição.
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Moussa Ibrahim, cujas declarações foram transmitidas pela televisão Al Jazeera, adiantou ainda que a batalha de Tripoli já fez mais de um milhar de vítimas.
«Cada facção teme a outra, por isso vamos suspender todas as operações militares, toda a violência (...) e depois sentamo-nos», disse, frisando que sem isso todos vão ficar perdidos.
Antes destas declarações, as televisões Al Jazeera e Al-Arabiya avançaram que a guarda pessoal do líder líbio se tinha rendido aos rebeldes, baixando as armas.
Moussa Ibrahim fez ainda um ponto de situação das vitimas em Tripoli, dizendo que desde sábado morreram 1300 pessoas, há mais de 5000 feridos e os hospitais estão entupidos.
Em reposta ao apelo do regime do regime, o líder do conselho de transição já disse que só aceita negociar numa condição: Muammar Kadhafi tem de abandonar o poder.
Entretanto, o coronel apelou, numa mensagem áudio transmitida pela televisão líbia, aos seus apoiantes para «limparem» a capital dos rebeldes, que desde sábado controlam substanciais partes de Tripoli.
Os cidadãos de Tripoli «devem sair agora para limpar a capital», declarou o coronel, afirmando que «não há lugar para os agentes do colonialismo em Tripoli e na Líbia».
A comunidade internacional tem vindo a reagir a estes acontecimentos. O Reino Unido pediu a Kadhafi que abandone o poder o mais depressa possível e os Estados Unidos pediram ao Conselho Nacional de Transição que comece a preparar a era pós-Kaddafi.
De acordo com a Reuters, a NATO intensificou os ataques de forma a ajudar os rebeldes a entrarem na capital da Líbia.