O presidente do Eurogrupo disse hoje que é preciso começar rapidamente as negociações sobre as reformas precisas que a Grécia deve executar. Já o comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros espera que o governo grego mostre que merece a confiança do parceiros europeus e o ministro das Finanças alemão mostrou-se impaciente.
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O comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, exige a implementação das medidas do acordo alcançado na reunião anterior e espera que Yanis Varoufakis mostre que o governo grego merece a confiança do parceiros europeus.
«O Eurogrupo é um corpo político. É necessário para discutir sobre os princípios, debatermos métodos e para ser muito claro que estamos a construir confiança e que essa confiança passa para o trabalho técnico que faremos em conjunto, para um género de coprodução das reformas que serão postas em prática na Grécia».
O comissário afirma que os objetivos comuns são os mesmos de sempre: «É para termos a reconstrução da economia grega, para criar mais crescimento, para criar emprego e para reduzir as desigualdades». Pierre Moscovici entende que é altura do governo grego avançar com o plano traçado na reunião anterior do Eurogrupo.
«Agora precisamos da implementação das reformas que já estão planeadas. Devem ser transformadas em propostas legislativas que possam ser adotadas pelo parlamento para se tornarem decisões administrativas e depois postas em prática pelo governo. Por isso é necessário um trabalho muito preciso».
Também à chegada à reunião dos ministros das Finanças da zona euro, que decorre hoje, em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo, Jeroem Dijsselbloem, afirmou que nas últimas semanas «não houve progressos» reais, uma vez que as «negociações de verdade não começar» e que é necessário «parar de perder tempo» quanto às medidas que a Grécia deve implementar para o fecho do atual programa de resgate.
Já o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, respondeu, impaciente, que a Grécia não está na agenda desta segunda-feira.
«Não acho que a Grécia que a Grécia esteja hoje na agenda. Vamos discutir o andamento das propostas de orçamento enviadas à Comissão. Não me parece que haja muita coisa nova sobre a Grécia. Na última reunião pedimos que a Grécia esclarecesse o que quer fazer. E, não tem sido feito muito desde então, agora é uma questão para a troika. A Grécia têm de implementar aquilo com que se comprometeu e abster-se de medidas unilaterais não negociadas com a troika».