Depois de um colapso das negociações do fim de semana, o governo grego minimizou hoje a possibilidade de apresentar uma nova contra-proposta aos credores internacionais com vista ao retomar das conversações.
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Atenas parece não estar interessada em apresentar uma nova contra-proposta para quebrar o impasse com os credores.
Esta manhã , em conferência de imprensa, o porta-voz do governo grego, Gabriel Sajklarides disse que não ha qualquer razão para o Eurogrupo não aceitar as propostas de reformas já apresentadas por Atenas e não vê tambem motivos para o Banco Central Europeu (BCE) vir a tomar decisões negativas em relaçao ao país.
Gabriel Sajklarides reafirmou também o que o primeiro-ministro grego, Alex Tsipras, já tinha dito, ou seja, que Atenas está empenhada em chegar a um entendimento com os parceiros internacionais, mas esse entendimento não pode passar por ceder às suas exigências, nomeadamente proceder a mais cortes nas pensões e aumentar o IVA.
Se tal acontecesse isso seria, diz o responsável, "perpetuar o ciclo da austeridade". O responsável acrescentou mesmo que a Grécia já " excedeu os seus limites".
Gabriel Sajklarides, disse também que Atenas permanece confiante em chegar a um acordo para pagar uma tranche da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no final de junho.
O porta-voz de Atenas acrescentou "não somos ingénuos", "estamos otimistas porque nenhum dos lados tem interesse em não fechar um acordo."
Gabriel Sajklarides confirmou ainda que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, iria viajar para a Rússia esta semana, como estava agendado, apesar do colapso nas negociações.