O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros está preocupado com a situação na Guiné-Bissau. Luís Amado acredita que o país pode estar à beira de uma situação de «violência descontrolada».
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Luís Amado, um dos protagonistas do programa da TSF Pares da República, afirma que o golpe militar dos últimos dias veio interromper o esforço do governo guineense na recuperação da credibilidade internacional do país.
O ex-governante considera que o país está refém de um pequeno conjunto de militares, alertando que a situação pode agravar-se a qualquer momento.
«O problema que subsiste é o de uma estrutura militar, da qual a população e a sociedade guineense continua a ser refém e que não tem outro objetivo que não seja continuar a exercer o poder à margem das regras fundamentais pelas quais se rege hoje um Estado normal na comunidade internacional», defendeu.
«Admito que esta estrutura militar se colocou numa posição tão radical e tão extremista em relação ao processo político democrático que o pior possa vir a acontecer e que possamos ter situações de violência extrema», acrescentou.
Amado disse ainda que agora «falta resolver o problema militar e como subordiná-lo ao poder político».