Haddad vai pedir impugnação da candidatura de Bolsonaro e acusa rival de cinco crimes
Campanha de Bolsonaro é acusada de ter comprado pacotes de mensagens, para serem distribuídas no WhatsApp, com material contra o PT.
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Organização criminosa, caixa dois [não declaração de gastos de campanha], calúnia, difamação e lavagem de dinheiro. Estes são os cinco crimes de que Jair Bolsonaro é acusado por Fernando Haddad, que vai pedir a impugnação da candidatura do rival.
Em causa, a manchete do jornal Folha de São Paulo em que é dito que empresas brasileiras que apoiam o candidato Jair Bolsonaro vêm comprando pacotes de mensagens com material contra o PT e espalhando esse conteúdo através do aplicativo WhatsApp e das redes sociais, uma prática proibida pelo tribunal eleitoral, que veda, desde este ano, a doação de firmas privadas às campanhas.
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Os contratos, segundo a manchete do jornal atingem os 12 milhões de reais, perto de três milhões de euros.
Como essa doação não foi declarada há indícios daqueles cinco crimes. "Em qualquer país do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, levando até à impugnação da candidatura e à chamada do terceiro colocado para disputar a segunda volta", prosseguiu o candidato do PT.
E o PDT partido de Ciro Gomes, que foi terceiro classificado, já comunicou que os advogados do partido estão a preparar argumentos para apresentar à justiça.
Bolsonaro reagiu dizendo que não tem controlo sobre isso. Essas empresas, diz ainda a reportagem, compram um serviço chamado "disparo em massa", usando as bases de dados do próprio candidato e de outras bases, divididas por segmentos geográficos e salariais, vendidas por agências de estratégia digital, prática também ilegal uma vez que a legislação eleitoral proíbe a compra de informações fornecidas por terceiros.