O grupo xiita assumiu a responsabilidade por um lançamento de mísseis guiados realizado à tarde contra o posto de Jal al-Alam.
Corpo do artigo
O Hezbollah realizou esta quinta-feira oito ataques contra objetivos militares no norte de Israel, alguns dos quais em simultâneo, avançou o grupo xiita libanês.
Segundo o movimento armado, os ataques visaram seis postos militares e quartéis israelitas, bem como dois grupos de soldados que se tinham reunido nas proximidades de posições localizadas nas zonas norte de Israel.
Duas destas ações foram lançadas simultaneamente às 12h15 locais (10h15 em Lisboa) e outras duas foram executadas às 14h25 (12h25), de acordo com notas divulgadas pelo Hezbollah.
O grupo xiita assumiu a responsabilidade por um lançamento de mísseis guiados realizado à tarde contra o posto de Jal al-Alam, mas no caso dos restantes ataques do dia limitou-se a dizer que foram levados a cabo com "armas adequadas", sem especificar.
O Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos ataques cruzados no último mês através da fronteira do Líbano, que já deixaram dezenas de mortos, mais de 300 feridos e quase 26 mil deslocados internos só no lado libanês.
Os confrontos intensificaram-se desde 7 de outubro, quando o movimento islamita palestiniano Hamas atacou o sul de Israel, desencadeando um novo conflito no Médio Oriente.
Em 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1200 mortos, na maioria civis, cerca de cinco mil feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que esta quinta-feira entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.