O presidente francês, François Hollande, admitiu hoje não duvidar que o Conselho Europeu de Bruxelas vai decidir aumentar as sanções à Rússia face à situação da Ucrânia, mas sem especificar o tipo de sanções que serão aplicadas.
Corpo do artigo
«As sanções serão sem dúvida aumentadas e a Comissão Europeia tem de considerar o nível das mesmas», afirmou Hollande em Paris, no final de um encontro informal com oito líderes social-democratas europeus que antecedeu a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) que se realiza esta tarde, em Bruxelas.
O presidente francês assinalou que a situação «se agravou» na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, acusou Moscovo de armar os separatistas daquele país e considerou «provável» a presença de soldados russos em território ucraniano.
«Há uma escalada de violência que faz com que o número de mortos seja impressionante: 2.500 nas últimas semanas. A população civil está a ser particularmente afetada, com deslocados e refugiados», afirmou o chefe do Estado, classificando a situação da Ucrânia como «a crise mais grave desde o final da guerra fria».
Hollande assinalou que a «Europa está particularmente preocupada porque se trata de uma das suas fronteiras e porque a Ucrânia é um país associado à UE».
Nesse sentido, o presidente francês disse ter pedido ao Conselho, no qual estará presente o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para que «atue sem tempo a perder», uma vez que «o risco é que ocorra realmente uma autêntica guerra».
Entretanto, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, alertou hoje para a possibilidade de o conflito na Ucrânia chegar a um ponto sem retorno, mas sublinhou acreditar na possibilidade de uma solução política para a crise.