No Cairo, o presidente egípcio deposto, Hosni Mubarak, declarou-se não culpado da acusação de corrupção e rejeitou responsabilidades na morte de vários manifestantes.
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Perante o juíz Ahmed Refaat, e após uma pequena interrupção na audiência, Hosni Mubarak declarou-se não culpado de todas as acusações que lhe foram feitas, entre as quais, a de estar envolvido na morte de centenas de manifestantes e ainda de corrupção.
Deitado numa maca, entre grades, devido ao seu estado de saúde, e vestido de uniforme branco e acompanhado pelos filhos Gamal e Alaa, ambos réus, o ex-líder egípcio disse mesmo: «Estou a negar inteiramente todas as acusações».
Logo depois, os dois filhos negaram também todas as acusações de que são alvo.
Durante a audiência, um dos advogados das famílias dos manifestastes mortos pediu pena máxima para o ministro do Interior, Habib al-Adli, após este ter seguido as ordens do presidente Mubarak para executar manifestantes, bem como compensações financeiras a ser pagas pela família Mubarak.
Outro dos advogados pediu para que o presidente egípcio deposto fosse transferido de forma permanente do hospital em Sharm el-Sheikh, onde se encontrava desde Abril.
De acordo com o juiz que presidiu a esta sessão, Mubarak vai ficar agora num hospital no Cairo, onde está a ser julgado, nos arredores da capital egípcia.