Os inspetores da Nações Unidas especializados em armas químicas devem regressar «em breve» à Síria para investigar as várias acusações de que o regime e a oposição são alvo.
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«Sim, vamos regressar à Síria. O nosso calendário ainda não está definido, pelo que não posso dizer quando, mas será em breve», disse à agência France Presse o chefe dos inspetores, o sueco Aake Sellström.
A equipa, que esteve na Síria em agosto, concluiu num relatório apresentado na segunda-feira que foram usadas armas químicas em grande escala no conflito sírio.
Os inspetores encontraram «provas flagrantes e convincentes» de que centenas de pessoas morreram devido à utilização de gás sarin num ataque perto de Damasco a 21 de agosto.
«O relatório que foi apresentado é um relatório parcial», disse Sellström. «Há outras acusações que foram levadas ao secretário-geral das Nações Unidas, que remontam ao mês de março, contra as duas partes». De acordo com o inspetor, «13 ou 14 acusações» merecem ser investigadas.
Sellström precisou que os inspetores não estão interessados na autoria do ataque de 21 de agosto, porque essa «não é» a sua missão.
A ordem da nova missão deve ser definida «daqui a uma semana» e um relatório sobre o conjunto das acusações pode ser apresentado «eventualmente até ao fim de outubro», disse.