A Interpol propôs à comunidade internacional que passe a tratar o Estado Islâmico por "assassinos cobardes" para retirar-lhes legitimidade, após condenar o assassínio do voluntário britânico Alan Henning, alegadamente decapitado na Síria.
Corpo do artigo
«Proponho à comunidade global e às forças da lei que passem a chamar a este grupo 'CM' (sigla inglesa para 'Cowardly Murderers'», escreveu o secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, num comunicado disponível na página online da organização.
«Ao fazê-lo, frustraremos os seus esforços para legitimar os seus crimes e advertiremos os estrangeiros que querem juntar-se a eles de que, para o mundo, não passarão de assassinos cobardes», acrescentou.
O representante da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) instou ainda a comunidade internacional a questionar-se porque deve permitir a «um grupo sanguinário de terroristas adotar o nome de uma religião como pretexto para justificar crimes abomináveis que nenhuma religião justificaria».
O grupo terrorista divulgou na sexta-feira um vídeo em que mostra a suposta decapitação de Alan Henning, sequestrado em dezembro passado na Síria e que se tornou no quarto refém ocidental assassinado pelos 'jihadistas' nesse país.
A sua morte «a sangue frio», segundo Noble, «só serve para fortalecer a resolução da comunidade internacional de aumentar os seus esforços contra a crescente ameaça dos grupos terroristas e de levar os responsáveis por tais atrocidades perante a justiça».
O secretário-geral da Interpol pediu também um reforço da troca de informações e do trabalho de prevenção junto de combatentes estrangeiros, sublinhando que não se lhes permitirá que intimidem aqueles que respeitam «a vida humana e o estado de direito».